1 Nitro Qui Jan 16, 2014 10:24 pm
Drizzy
Administrador
Título: Nitro
Personagens:
Capítulo 1 - World War III
Capítulo 2 - Destruction
Capítulo 3 – Courage
Personagens:
- Spoiler:
- Zakuro Hattori: Proveniente do antigo Japão, foi adotado por John e Maria Anderson a meio da Terceira Guerra Mundial. Pelos seus pais verdadeiros terem sido mortos pelos membros do exército dos Estados Unidos da Atlântica, Zakuro sempre sentiu uma forte raiva contra a nação, tornando-se numa espécie de delinquente.
- Spoiler:
- Edward Schultz: Agente dos Serviços Secretos dos Estados Unidos da Atlântica, foi ordenado em capturar Zakuro Hattori vivo. Após chegar à vila de Palmyra, em Nova Iorque, enfrentou Zakuro numa batalha, após este ter destruído por completo a vila.
- Spoiler:
- John & Maria Anderson: Durante a Terceira Guerra Mundial, John adotou Zakuro após a morte dos seus pais. Maria e John cuidaram dele durante o resto da sua vida, mesmo sabendo como o filho adotivo detestava os Atlânticos.
Capítulo 1 - World War III
- Spoiler:
O mundo encontra-se dividido. Há quinze anos atrás, uma grande guerra dominou o mundo. Uma que por muitos se viria a chamar a 3ª Guerra Mundial. Há duas décadas, foram encontradas vários minerais nas minas subterrâneas na Ásia. Como tal, o governo dos países em questão tomou proveito desta situação. O continente inteiro enriqueceu facilmente.
Cinco anos depois, face à situação de crise que os restantes países do mundo se encontravam, vários destes países pediram auxílio financeiro ao continente recentemente enriquecido. Foram recusados. Isto originou a grande guerra que resultou na morte de quase metade da população mundial. Alguns países aliaram-se, outros foram conquistados através da força, porém, no fim do conflito, os vencedores iriam dar origem à hegemonia américo-europeia. Os Estados Unidos do Atlântico, constituído pelo antigos continentes europeu, americano e africano foram os vencedores. A Oceânia, após a guerra, terminou todo o tipo de ligações com o resto do mundo, talvez como motivo de segurança, egoísmo, ou medo, o verdadeiro motivo é desconhecido. O continente asiático, por sua vez, juntamente com pequena parte da Rússia, tornou-se inabitável durante os próximos dois séculos, devido a enormes quantidades de radiação, emitidas pelas bombas nucleares lançadas na superfície dos países.
De volta ao presente, numa pequena escola secundária localizada no Estado de Nova Iorque, um aluno relativamente alto, com olhos castanhos e cabelo negro, curto e despenteado, olha reflexivamente para o exterior do colégio, através da sua janela.
?: Não se faz nada… a ver se cai um caderno do céu.
Esperou alguns segundos, mas nada aconteceu no exterior, para o seu desgosto. Suspirou e continuou a mirar o campo de fora, através da janela.
Professora: … Zakuro! Hattori Zakuro! Anda receber o teste!
Zakuro era proveniente do antigo Japão, ao contrário dos restantes que tinham todos nascido no mesmo Estado onde estudavam. Demorou algum tempo a reagir, mas lentamente se levantou da sua cadeira e caminhou em direção à professora. Sem resposta, pega no teste, vê a sua nota, e com um ar desinteressado retorna ao seu lugar enquanto a professora continuava a entrega dos testes. O colega do lado, curioso, não demorou muito a perguntar quanto é que Zakuro tinha conseguido pontuar.
Colega: … Então, quanto é que tiraste?
O japonês ergueu o teste e mostrou a nota. “84%” era o valor exibido no topo da folha de papel. O seu colega não conseguiu conter o seu ar de surpresa. Afinal, este era o primeiro teste, e ele tinha entrado na turma neste ano, mas após avaliar a aparência de Zakuro, John, o seu parceiro de mesa, pensava que o japonês não iria conseguir valores decentes, e não o oposto, e conseguir uma das melhores notas da turma.
O tempo passava. Enquanto a sua professora explicava a matéria do dia, Zakuro olhava para o exterior, dormia, fazia desenhos no caderno, pensava, tudo menos estar atento. Não demonstrava o mínimo interesse na aula. Finalmente, os ponteiros do relógio apontaram para as 5h da tarde, e o toque permitiu-lhe escapar daquela prisão. Antes de sair da sala, atirou para o caixote de lixo um bocado de papel amachucado. Era o seu teste.
Após algum tempo a caminhar, chegara a casa. A sua casa não era nada de impressionante, apenas uma área residencial para pessoas com razoáveis capacidades financeiras. Um jardim frontal de pequenas dimensões era o que se verificava no exterior.
Zakuro: Cheguei.
Subiu as escadas e atirou a sua mochila para o chão enquanto se deitava em cima da cama a descansar até às 8h da noite, quando desceu do seu quarto para ir jantar. O ambiente era mais silencioso que o costume. Os seus pais adoptivos ainda não tinham aberto a boca. Zakuro suspeitava que algo se passava. Enquanto comia, perguntou o que se passava.
Zakuro: Que foi? Estão mais calados que o costume.
Pai: Hoje recebemos uma visita do diretor da escola.
Zakuro: Hmm?
Pai: Ele disse que esta semana tu agrediste dois colegas teus e ainda por cima partiste três vidros da escola…. Isto é verdade?
Zakuro, calmamente, enquanto continuava a comer: É.
O seu pai ficou furioso. Levantou-se da mesa, batendo com as mãos nesta e começou aos gritos:
Pai: MAS AONDE É QUE TENS A CABEÇA?!
Zakuro: Aqui. Não vês?
Pai: Já é a quinta luta em que te metes neste mês… tu por acaso sabes o prejuízo que nos dás?!
O japonês pousou o seu garfo na mesa e calmamente se levantou, dirigindo-se para o exterior da cozinha.
Pai: Aonde é que tu vais?!
Zakuro: Sair.
Pai: A conversa ainda não acabou, tás a ouvir?!
Zakuro: A conversa acaba quando eu quiser que acabe.
O japonês subiu as escadas e dirigiu-se para o seu quarto, foi buscar um casaco ao armário e regressou para o piso inferior, em direção à porta, sem ligar às palavras do seu pai adoptivo.
Pai: Zakuro, espera! Eu posso não ser o teu pai biológico, mas ainda sou o teu pai! E enquanto viveres debaixo do meu teto, sou eu que mando em ti. Aviso-te, saíres de casa sem o meu consentimento, considero que vais sair de casa de vez, não regressas mais.
Zakuro não parou, abriu a porta e deu dois passos, ficando no exterior da casa. Virou a cara para trás, e com um olhar sério, encarou o seu pai adoptivo:
Zakuro: Não me trates como se tu fosses a vítima. Não regresso mais? Que assim seja. Eu nunca pedi para ser adoptado por um Atlântico de m****.
Olhou de novo para a frente, e sem olhar para trás novamente, pegou na sua bicicleta que estava no jardim e começou a pedalar, em direção a um pequeno campo no exterior da sua cidade.
A mãe e o pai de Zakuro ficaram surpreendidos com a atitude do seu “filho”.
Pai: … E agora? Será que ele vai mesmo embora?
Mãe: Não te preocupes… ele está apenas um bocado enervado agora. Já sabes o ódio que ele tem aos Atlânticos. Ele está a sofrer mais que nós, mas eu acho que ele vai regressar.
Pai: … Espero bem que sim…
Passado algumas horas, o japonês estava no chão de um pequeno campo verde, enquanto olhava para o céu recheado de estrelas. Pensava na discussão que acabara de ter com os pais, que tinha exagerado um bocado, mas, no entanto, não estava disposto a voltar atrás na sua palavra tão cedo. E foi aí que surgiu o momento que mudou a sua vida. Enquanto olhava para o céu, repara numa estrela cadente. Não demorou muito até reparar que não era uma estrela cadente, mas sim um meteorito. Este caiu no mesmo campo, a um quilómetro do local onde Zakuro repousava. Curioso, pegou na sua bicicleta e começou a pedalar. Não demorou muito até chegar lá.
Zakuro: … O… q-que é… isto?
Capítulo 2 - Destruction
- Spoiler:
- No último capítulo, após uma discussão com os seus pais, o jovem japonês de dezassete anos foi dar um passeio na sua bicicleta. Passado umas horas de descanso, avistou uma espécie de meteorito e rapidamente se dirigiu ao local. O que será que aconteceu a Zakuro? O jovem estava agora inconsciente. Lentamente abria os olhos, enquanto metia a mão na cabeça.
Zakuro: … O que… se passou?
Não tardou muito até se aperceber do que se passara. Lembrou-se que tinha discutido com os pais e que tinha avistado um estranho meteorito, mas não se lembrara de mais nada. Olhou para cima e a sua expressão mudou radicalmente. Ficou com os olhos esbugalhados, enquanto observa o ambiente à sua volta. Carros a arder, edifícios destruídos, pessoas mortas no chão, cobertas por sangue. E no local onde estava, podia-se verificar uma grande cratera.
Zakuro: … F-F-Fui eu... que fiz isto?
O rapaz levanta-se lentamente, enquanto limpava o misterioso pó que tinha nas suas roupas. Começou a caminhar, observando os destroços da vila onde vivia. Tremia face à destruição que encontrava quer do seu lado esquerdo, quer do lado direito.
Zakuro: O que raio aconteceu?...
?: … Aaaah.. ajudem-me…
Um idoso estava no meio do que restava de sua casa. Tentava desesperadamente levantar-se, mas estava coberto de sangue e de partes do edifício onde habitava.
Zakuro, enquanto tentava ajudar o idoso: Velhote, o que se passou aqui?
Idoso: … Ah? TU! Sai daqui! Sai da minha frente, demónio! Não preciso da tua ajuda!
O velho mal viu a cara de Zakuro após este o ajudar a levantar, começou a insultá-lo e a desprezá-lo. Afastou o japonês com o seu braço, enquanto o olhava com um olhar de desprezo, tremendo bastante, tentando-se afastar do local.
Zakuro: (… o que se passa?)
O japonês limitou-se a afastar-se do local e mal o idoso viu esta oportunidade, aproveitou-a começando a correr na direção oposta. Zakuro continuava a caminhar pela vila, comtemplando a destruição. Começara a pensar que fora mesmo ele que tinha feito aqueles estragos, devido à reação do idoso.
Chegara a uma parte da sua vila com mais alguns sobreviventes. Parece que o que quer que tivesse acontecido, já tinha sido há algum tempo, pois os sobreviventes daquela área já estavam a tratar das feridas de todos. Porém, mal avistaram Zakuro, começaram a tomar medidas defensivas. Pegaram em qualquer objecto que encontraram de modo a se defenderem. Tremiam, enquanto o japonês observava o local. Um miúdo adiantou-se e lançou uma rocha em direção ao adolescente, que deu um passo para a direita, desviando-se.
Rapaz: SAI DAQUI, MONSTRO!
A sua mãe não demorou muito até o calar com a sua mão. O silêncio apoderou-se do local durante alguns segundos, até outra pessoa do grupo se pronunciar.
?: Ele tem razão. Nós não te queremos aqui, jovem. Já causaste danos suficientes, deixa-nos em paz.
Resto dos sobreviventes: É isso, vai-te embora! Ninguém te quer aqui! Monstro! Demónio! Diabo!
Zakuro olhava para as suas mãos. Não via qualquer tipo de dano nas mãos nem no resto do corpo. Não sabia como era capaz de ter feito aquilo. O miúdo que atirara a rocha anteriormente volta a adiantar-se.
Miúdo: Não ouviste?! Vai-te embora!
Zakuro: … Grr…
Zakuro virou costas e começou a caminhar na direção oposta. Enervava-se mais com o fato de ter sido ele a provocar aquela destrução toda, do que das palavras dos sobreviventes.
Zakuro: (… C-Como é que eu causei isto tudo? Grrr….)
Cerrava os punhos em raiva. Criticava tanto os Atlânticos e sentia-se que se tinha tornado exactamente como eles, apesar de não saber como. Enquanto caminhava, acabou por parar à frente de sua casa, sem reparar nisso. Ao ver a sua habitação completamente destruída, ficou boquiaberto, com os olhos extremamente abertos. Começou a correr em direção aos destroços e tentou levantar os pedaços do edifício, procurando o corpo dos pais adoptivos.
Zakuro: Onde… onde… onde… ONDE É QUE TÃO?!
Ao retirar as rochas, encontrou o corpo da sua mãe. Ela estava morta. Uma lágrima veio ao olho direito do rapaz, enquanto este abanava o corpo de sua mãe.
Pai: Z-Zakuro…
O japonês ouviu uma fraca voz vinda dos destroços do outro lado da casa. Pousou levemente o cadáver da mãe no solo e dirigiu-se para lá a correr, começando a retirar as rochas. Era o corpo do pai, este ainda estava vivo, mas em mau estado, parecia que não ia durar muito tempo.
Pai: Z-Zakuro… tu voltaste a casa… A-Ainda bem. Estava com medo que não regressasses… Ouve… Peço desculpa pelo que… aconteceu com os teus pais verdadeiros… acho que tomei a responsabilidade de tomar conta de ti depois do que lhes aconteceu… Desculpa o meu egoísmo. Eu sei que deve ter sido duro viver com o Atlântico que não impediu a morte dos teus pais… mas eu gostei de te ter como filho…
O homem fechou os olhos. Estava morto. Nos olhos de Zakuro, duas lágrimas, uma de cada olho, começavam a cair-lhe lentamente pela cara.
Zakuro: … O-Oi… Velhote… N-Não gozes comigo… OI! ACORDA! ACORDA!!
Após estes gritos de Zakuro, o silêncio apoderou-se do local. Apenas se ouvia o barulho do vento a arrastar o pó consigo. O japonês pegou no corpo do pai adoptivo e pousou-o ao lado do da mãe, enquanto se afastava lentamente do local. Caiu no chão de frente.
Zakuro: …Outra vez…
Fechou os olhos, rangeu os dentes e cerrou o punho direito, começando a dar socos no chão.
Zakuro: OUTRA VEZ!! AAAAAAH! AAAAAAAAAAAAH!!
Continuava a espetar socos no meio do chão, enquanto algumas lágrimas caíam no solo. A sua mão já estava bastante danificada, coberta de sangue, mas este não parava. Enquanto Zakuro expelia a sua raiva, uma figura desconhecida parou à frente da habitação destruída do japonês.
?: … Hattori Zakuro?
Zakuro levantou-se e encarou o desconhecido, enquanto gotas de sangue da sua mão caíam no solo.
Edward: O meu nome é Edward Schultz. Faço parte dos Serviços Secretos dos Estados Unidos do Atlântico. O senhor está preso. Peço que venha ou terei que usar… – Antes de terminar a sua frase, Edward levou com um soco em cheio na cara que o lança contra o chão.
Zakuro: Atlântico de m****, apanhaste-me num mau dia.
Edward: … força.
Capítulo 3 – Courage
- Spoiler:
No último capítulo, Zakuro tinha acordado no meio da sua vila destruída. Descobriu que fora ele quem provocara toda a destruição. Acabou por encontrar os seus pais adoptivos mortos. Revoltado com isto, atacou o agente dos Serviços Secretos que o tinha vindo prender.
Edward Schultz levanta-se facilmente. Tinha um bocado de sangue no canto da boca, mas limpa-o com a manga do seu casaco negro. Zakuro pôde avaliar melhor o seu adversário. Tinha-o atacado demasiado depressa sem sequer olhar para a cara do oponente. O homem parecia ter cerca de vinte e cinco anos, tinha cabelo negro curto e uma pequena barbicha.
Edward: Hattori Zakuro, és o culpado da destruição desta vila no Estado de Nova Iorque. Como tal, serás… – Mas foi interrompido por um soco de Zakuro. Porém, o agente bloqueou-o facilmente com a sua mão, deixando o japonês surpreendido, e prosseguiu com o seu discurso como se nada fosse: … julgado pelo Governo dos Estados Unidos da Atlântica e condenado a prisão perpétua.
Terminado isto, atingiu o japonês com um soco na cara, que o projectou vários metros para trás, em direção aos destroços da sua casa.
Edward: Se te renderes, isto pode ser evitado. Não tens qualquer chance de me ganhar numa luta corpo a corpo.
Zakuro, a levantar-se: Quem pensas que és, ó palhaço?
O japonês corre em direção a Edward. Tenta atingi-lo com um soco, porém, com um passo para a direita, o agente desvia-se com relativa facilidade. De seguida, desfere um soco na cara de Zakuro. Porém, este não vacila e mantêm os pés no chão, surpreendendo ligeiramente Edward. O japonês aproveita esta pequena abertura e tenta desferir um pontapé na parte lateral da barriga do seu oponente. No entanto, este desvia-se com um salto para trás.
Edward: Sinceramente, esperava mais. Pensava que o Shoyu de um Nitro desse calibre conseguisse dar-me uma luta decente.
Zakuro: … Shoyu?.. Nitro? De que merdas tás aí a falar?
Edward: Não me digas que nem sequer sabes como destruíste isto tudo? Hmph, não importa, esta luta já perdeu a piada. Tenho um trabalho a fazer, começando por te levar aos meus superiores.
O agente desaparece por completo da vista de Zakuro. Este, perplexo, começa a olhar à sua volta, tentando localizar o oponente. Estava completamente estupefacto com o sucedido.
Zakuro: (M-Mas que raio…? E-Ele desapareceu… Shunkan Idou?!)
Passado uns segundos, o agente reaparece atrás de Zakuro. Com este desprevenido, Edward desfere um poderoso soco nas costas do japonês. A primeira reação dele é cuspir sangue e de seguida cai de joelhos no chão, onde continua a cuspir o mesmo líquido vermelho. Metia a mão na boca, limpando o que restava e tentou-se levantar, tentando desferir um pontapé rotativo rasteiro nas pernas do oponente. Contudo, este já tinha desaparecido novamente.
Edward: Oi. – De seguida, assobiou – Aqui.
Schultz já estava novamente à frente do japonês. Zakuro tentou avançar em direção a este, mas mal dava o primeiro passo levou com um soco no queixo, que o mandou a voar uns metros para trás. Zakuro estava novamente no chão. Desta vez, porém, levantou-se rápido, mas o soco de há pouco surtia o seu efeito e o japonês foi forçado a cair sobre o seu joelho esquerdo, cuspindo, também, mais uma grande quantidade de sangue no chão.
Zakuro: (G-Grr… Subestimei-o… Armei-me demasiado só porque consegui acertar-lhe com um par de socos.)
Edward aproximou-se de Zakuro lentamente. Meteu a mão no bolso das calças e retirou de lá uma pistola negra. Ajoelhou-se perante Zakuro. Com a arma na sua mão, começa a falar.
Edward: Eu podia ter usado isto desde o início. Mas fui ordenado a trazer-te vivo. Mesmo assim, podia ter disparado para os braços ou pernas e ter-te incapacitado. Mas sabes porque não o fiz? Porque antes de seres preso, eu queria-te ver humilhado. Completamente humilhado no que és melhor a fazer, lutas corpo a corpo. Acho que o teu orgulho já foi suficientemente destruído… Toma, tenta acertar-me.
Edward estendeu a mão com a sua arma, de modo a Zakuro poder pegar nela. O japonês demorou algum tempo a reagir. Ficou surpreendido, com a boca ligeiramente aberta e os olhos esbugalhados. Porém, tomou a sua decisão segundos depois.
Zakuro: Grrr… NÃO GOZES COMIGO! – Com o braço afastou a mão de Edward, lançando a pistola para longe dos dois – Pensas que preciso de uma pistola? Vou-te ganhar da mesma forma que sempre ganhei, com os meus punhos.
Edward: Hmph, mesmo que tentasses atingir-me com os tiros, eu desviar-me-ia facilmente. Acabava por ser inútil.
Zakuro: Mas ainda não te calaste? Surpreende-me que cada vez que abras a boca, só te mostras ser ainda mais idiota. Cala-te e luta. Quando isto acabar, vais ficar com pesadelos deste dia. - Falou, com um sorriso convencido na cara, levantando-se do chão, encarando Edward que se levantara também.
Edward enervou-se pela primeira vez no combate. Zakuro, cuja cara e corpo estava coberta por sangue, tentou desferir vários socos no oponente, porém, foram todos desviados. O seu oponente começara a acertar no corpo do japonês com vários socos. Este bloqueava alguns, mas a maioria acertavam, causando grandes danos. Mandava o japonês contra o chão vezes sem conta, mas este continuava a levantar-se, apenas para levar com mais rajadas de socos vindas de Edward.Na Mesma semana escreveu:
No colégio onde Zakuro estudara, uma aluna chinesa estava rodeada de três Atlânticos, no exterior da sua sala. Isto não era raro. Os sobreviventes da Guerra refugiaram-se nos Estados Unidos da Atlântica e por vezes eram vítimas daqueles que se consideravam superiores, por terem ganho o conflito.
?: Oi, ainda não acabaste o nosso TPC?
?: Despacha isso.
Chinesa: Desculpem, estou quase a acabar.
?: Oh coisinha, quando acabares isso, anda até a nossa casa, e vamos ter um bocado de diversão.
?: Foda-se, os amarelos não servem mesmo para nada, ahahahah, nem conseguem fazer um trabalho de casa em modo, ahaha.
Infelizmente para estes rufias, Zakuro reparava no que acontecera. Com um olhar sério, aproximou-se dos três Atlânticos que estavam de costas. Tocou nas costas de um, que se virou para trás. Mal fez isto, levou um soco na cara que o projectou contra a janela da sala, partindo-a.
?: Porque é que fizeste isso ao nosso colega?! Vais pagar por isso, crl.
?: Outro paneleiro destes? Mas tu queres levar nas ventas?
O japonês não respondeu, apenas se desviou do soco de um, abaixando-se. Após estar nessa posição, atingiu-o na barriga com um pontapé, que o lançou contra outra janela, partindo-a também. O terceiro avançou a alta velocidade, tentando desferir um soco, mas este foi bloqueado. Zakuro espetou o seu soco na cara do Atlântico, partindo outra janela.
Chinesa: Ob... Obrigada.
Contudo, apesar de ter defendido a imigrante dos rufias, o diretor que acabara de chegar viu a luta com outros olhos. A sua nacionalidade certamente mudou o seu julgamento.
Diretor: ZAKURO! O que pensas que estás a fazer?! A atacar alunos dentro da escola? Queres ser expulso?
Zakuro, aproximando-se do Diretor, encarando-o nos olhos: Não sabes ver? Eles estavam a maltratar a rapariga e eu é que sou o culpado? Não tenho paciência para aturar as vossas mariquices Atlânticas. – Falou, com um ar aterrador.
Diretor: B-Bem… ainda vou falar com os teus pais. Que isto não se repita.
O japonês continuava a levar com vários socos no seu corpo. A luta ainda estava em favor de Edward. Já devia ter vários ossos partidos, mas mesmo assim não vacilava.
Zakuro: (Porque raio me lembrei daquilo agora?... Desculpa lá velhote pelos prejuízos dos vidros das janelas. Devem ter sido caros.) – Pensou, referindo-se ao seu pai adoptivo, obviamente.
O japonês levou com um forte soco na cara e foi lançado mais uma outra vez contra uma parede do bairro. Apesar disto, levantou-se com a mesma vontade de sempre.
Edward: (Porque é que ele não cai? Deve ter o corpo todo partido. Ele não espera ter uma chance de ganhar isto, pois não?)
Zakuro: (Isto não é bom… Devo ter três ou quatro costelas partidas. Estou a sangrar muito pela cara… Não o consigo vencer, ele é demasiado forte… Foda-se…!!)
?: (Precisas de ajuda…?) – Zakuro ouve uma voz na sua mente.
Zakuro: (O que se passa…? Q-Quem és tu?)
?: (Eu…? Oh… Simplesmente, quem matou os teus pais.) – Dito isto, a expressão de Zakuro mudou radicalmente. Primeiramente, ficou com uma expressão de surpresa, com os olhos abertos. De seguida, ficou cheio de raiva. Quem é este misterioso sujeito? E como estará ele a comunicar com Zakuro?
Última edição por Kami em Dom Jan 19, 2014 8:35 pm, editado 6 vez(es)