1 Cinco mistérios que ninguém é capaz de explicar Qua Set 03, 2014 12:17 am
Makaveli
Legendary
Estátuas de 80 toneladas numa ilha perdida no meio do Pacífico ou 240 páginas de um manuscrito escrito numa língua em que ninguém decifra um caractere. Há coisas que, até hoje, a ciência não explicou.
Ninguém sabe como os Rapa Nui conseguiram transportar as estátuas das Grandes Cabeças, na Ilha da Páscoa, localizada no meio do Oceano Pacífico
Cálculos, teorias, pesquisa ou lógica. Os caminhos são vários e muitos para a ciência escolher. A missão é sempre a mesma: explicar. As razões e os porquês, tudo se pergunta quando a humanidade descobre algo de novo. É a curiosidade a meter o cérebro a funcionar. O problema é quando nada resulta — e não se chega a uma explicação. Já aconteceu. E o News.com, uma publicação australiana, decidiu juntar os 12 mistérios que continuam a puxar pelas cabeças de quem os tenta explicar. Em vão.
Além dos cinco mistérios aqui apresentados, o site australiano sugeriu outros sete, desde um antigo tempo, descoberto na Turquia, que desafia todas as teorias da origem da humanidade, até a um sinal captado do espaço, em 1977, vindo de uma distância de 127 anos de Luz, que os cientistas nunca mais conseguiram apanhar.
1. As Grandes Cabeças na Ilha da Páscoa
São mais de 1900 quilómetros. Esta é a distância que separa a Ilha da Páscoa, perdida no meio do Oceano Pacífico, do território mais próximo. Só em 1722, aliás, é que Jakob Roggeveen, um explorador holandês conseguiu navegar um barco e encalhar na ilha. Lá chegado, encontrou dezenas de estátuas de pedra. E mais de 2 mil pessoas a habitarem na ilha.
Mais tarde, concluiu-se que são 887 e que foram trabalhadas pelos Rapa Nui, povo nativo do território. Tudo bem. Mas só até aqui — falta referir que algumas estátuas chegam a pesar mais de 80 toneladas, a medirem 10 metros de altura e que terão sido lapidadas há mais de 700 anos. Isto é o que se sabe. Eis o resto: como foram as pedras transportadas por um povo sem qualquer contacto com o resto da civilização? Por enquanto, existe um projeto de escavação na ilha que um dia poderá dar algumas respostas.
2. Manuscrito Voynich
Um livro, com 240 páginas, ilustrações, gravuras e uma caligrafia perfeita, sem rabiscos ou enganos. Os temas variam entre a astronomia, botânica, biologia ou a farmacêutica. O problema: até hoje, ninguém entende o que lá está escrito.
O manuscrito, comprado Wilfrid Voynich, um livreiro polaco, em 1912, é constituído por mais de 170 mil caracteres que, até hoje, nenhum criptógrafo ou conseguiu decifrar. Até existem cerca de 30 símbolos que, ao longo do livro, surgem apenas uma vez. Através da tinta que se utilizou para o escrever, concluiu-se que o manuscrito terá sido escrito há cerca de 600 anos. Diz-se que será uma farsa e que nunca poderá ser decifrado. Aliás, ninguém sabe sequer quem terá sido o autor do livro.
3. A epidemia da dança em Estrasburgo
Em 1518, Frau Troffea começou a dançar. Estava em Estrasburgo, cidade francesa, e escolheu fazê-lo no meio da rua. Não se ouvia música e a sua cara estava séria, sem um rasgo de alegria ou um sorriso. E foi dançando. Pouco depois, começou a ter companhia. Uma e outra pessoa, aos poucos, juntaram-se à dança.
Passados quatro dias, mais de 30 pessoas dançavam com Frau, na rua. Sem falarem ou interagirem entre si. Dois dias depois, a mulher morreu. Ao fim de um mês, porém, e no mesmo local, estavam já 400 pessoas a dançarem. Pelo meio, dezenas foram morrendo, vítimas de ataques cardíacos, desidratação, fome e enfartes. Mas porquê? Lá está, ninguém sabe, mas este ritual surgiu documento em várias obras e livros da época.
E neles, os relatos contam que as autoridades da cidade até construíram um palco próximo do local onde as centenas de pessoas dançavam — isto porque, conta-se, acreditavam que a cura para o ritual estava… na dança.
John Waller, um historiador da Universidade de Michigan, nos EUA, sugeriu que esta histeria pela dança poderá ter sido provocada por medos. “Um deles”, contou ao Digital Journal, “poderia vir de São Vito, um mártir siciliano, morto a 303 anos antes de Cristo, de quem se dizia que enviaria pragas de dança compulsiva para a Terra se alguém o provocasse”. Este santo, aliás, é hoje considerado como o padroeiro dos atores, comediantes, dançarinos e epiléticos.
Certo é que, um dia, as pessoas que ainda dançavam o deixaram de fazer. Do nada. Tão subitamente como Frau Troffea começaram o ritual.
4. O navio fantasma holandês
Em junho de 1947, vários navios estavam a atravessar o estreito de Malaca, nas águas da Malásia. Até que começou a ser emitido um sinal, em código Morse, que foi captado por diversas embarcações. Foram transmitidas duas mensagens, ambas vindas do S.S. Ourang Medan, um navio holandês.
A primeira disse: “Todos os oficiais, incluíndo o capitão, estão mortos e deitados no chão. Toda a tripulação está morta, possivelmente.” Segundos depois, outra mensagem transmitiria apenas: “Eu morro.” Ao receberem este aviso, diversos barcos partiram em direção das coordenadas que eram transmitidas pelo S.S. Ourang Medan.
Quando a tripulação do The Silver Star, o primeiro navio a chegar ao local, subiu a bordo da embarcação holandesa, ficou chocada: os corpos dos homens estavam deitados no chão, sem sinais de sangue ou violência, todos com os olhos abertos e com uma cara horrorizada. O tripulante responsável pela transmissão das mensagens, igualmente morto, ainda tinha a mão no telégrafo.
Pouco depois, tiveram de abandonar o navio, quando fumo começou a sair da cabine das máquinas. Quando o fizeram, a embarcação explodiu. O incidente só seria documento pela primeira vez em maio de 1952, mas nenhum tripulante do The Silver Star alguma vez falou do que viu no S.S Ourang Medan. E mais: vários historiadores investigaram o incidente e nunca encontraram qualquer registo do navio, embora os seus dois nomes remetam para a Sumatra, ilha que, na altura, ainda era uma colónia holandesa.
5. Benjaman Kyle
“Está nu, coberto de sangue e parece que alguém o tentou matar.” Foi assim que uma agente da polícia de Richmond Hill, na Geórgia, estado norte-americano, reagiu quando, em 2004, encontrou um homem no interior de um restaurante da Burger King. Estava a dormir e, quando acordou, não sabia quem era ou onde estava. Estava amnésico e sem identificação, mas falava um inglês perfeito.
A polícia local e estatal procurou, pesquisou, mas não descobriu quem era este homem. Às tantas assumiu o pseudónimo de Benjaman Kyle. Em 2007, o FBI envolveu-se no caso, mas nem os serviços secretos dos EUA averiguaram a sua identidade. Como tal, Benjaman tornou-se no primeiro cidadão norte-americano a ser dado como desaparecido, embora se conheça o seu paradeiro.
Desde então já se colocaram perguntas, fez-se um documentárioe pesquisou-se. Nada. Ninguém sabe quem é Benjaman Kyle. As únicas ajudas vieram das memóriasque, entretanto, o homem (que hoje terá à volta de 65 anos de idade) se recordou. E que, na sua maioria, apenas sugerem que terá passado parte da sua vida em Indianápolis, capital do estado do Indiana.
Leiam, é bastante interessante.