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1The Stone Empty The Stone Sáb Set 28, 2013 12:42 pm

Alex
Alex
Fundador
Fundador


Sinopse


Num mundo liderado por um tirano, a esperança já perecera há muito. Quem desobedecia era punido sem hesitação. Contudo, dois irmãos, Jasmyne e Faulkner, estavam dispostos a salvar o irmão e, caso fosse necessário, desafiar o próprio rei.

Gênero: Shounen, Acção, Aventura, Fantasia, Sobrenatural.
Rating: +14
Criador: Mirai Alex
Serialização: N/A




Prólogo

9 de Novembro de 1502

Vivíamos num mundo de novas descobertas. Terras inauditas, povos com tradições nunca antes vistas e riquezas. Riquezas absurdas.

Portugal, Espanha e Inglaterra competiam pelas novas colónias e riquezas. O país Ibérico, Portugal, ganhou uma enorme vantagem ao "descobrir" uma terra paradisíaca à qual chamaram Brasil. Com nativos fáceis de comunicar e riquezas enormes, era uma grande vantagem para Portugal nesta Era dos Descobrimentos. O Rei de Inglaterra, Henry VII , tinha um plano que, se tivesse sucesso, poderia dar a Inglaterra riquezas enormes. Era necessário apenas uma frota de homens fortes, resistentes e acima de tudo leais. Apenas um barco e um destino enorme.


24 de Março de 1504

O Capitão John Kline aventurava-se pelo Oceano Pacífico numa missão dada pelo próprio Rei de Inglaterra. Mas o perigo desta viagem não eram as marés. Era o tempo. Este temido inimigo acabava com comida, desgastava o navio e levava os homens à loucura. E a tripulação de Kline não foi excepção. O número de tripulantes desceu bastante...


- Terra à vista!! - clamou um dos marinheiros do topo da haste no navio.

Ao fim de longos meses a tripulação sobrevivente finalmente via terra e parecia estar bastante aliviada. As celebrações de festejos recuperaram as energias dos marinheiros e estes ergueram as imponentes velas com prazer. O Capitão domou o leme com os seus fracos e desnutridos braços enquanto esboçava um pequeno sorriso. O bom homem tinha esperado uma vida inteira por uma oportunidade destas e, ao fim de meses de tortura física e psicológica, a sorte finalmente acolhia-os.


Os marinheiros ataram o barco a algumas árvores da costa. John deixou-se cair sobre a areia leve e branca enquanto se deliciava com o ar fresco e esfregava as mãos na areia.

- Finalmente...


A noite apoderava-se da terra, trazendo consigo o frio e a escuridão.

A tripulação descansava à volta de uma pequena fogueira, esfregando as mãos uma na outra de modo a aquecê-las.

- Já chega de descanso... Vamos procurar comida e os nativos. - apesar do Capitão John Kline ser bem mais novo do que o resto da população, todos pareciam respeitar as suas ordens.

- Dividimos-nos em 3 grupos para aumentar as hipóteses de sucesso na busca.


Um dos tripulantes abria caminho por entre as lianas, afastando-as com a lâmina da espada. O resto do grupo segui-a-o, procurando comida ou indícios de indígenas.

O Capitão arrastava a espada pela relva, na esperança de encontrar alguma coisa. A espada era abanada com cuidado quando deu um leve toque em algo. O choque entre os dois objectos provocou um som agudo que alertou os ouvidos de John Kline. O olho do capitão fixou-se na fonte do som enquanto agachava-se para apanhar o objecto.

Pegou nele e sentiu uma superfície fria, mais fria do que a própria noite. O homem ergueu-o para observar o objecto à luz lunar. Era uma pedra com uma superfície redonda perfeita. Sem falhas. Era completamente negra, mas com um tom transparente. Era linda. O Capitão continuou a observá-la quando de repente os seus olhos começaram a abrir-se intensamente. As suas sobrancelhas levantavam, espantadas, e a sua boca abriu ligeiramente. John finalmente percebera o que era aquilo. Era a Pedra Filosofal.



Capítulo 1 - Hopeless World

25 de Agosto de 1862


Abram!! - gritou uma voz grave acompanhada por uns murros na porta de casa.

Ao ouvir isto um adolescente entroncado foi ter com os seus irmãos, com uma expressão de pânico.

Escondam-se no armário!! RÁPIDO! - disse o jovem.

Os irmãos obedeceram, com medo.

M-Mano... - gemeu um voz feminina dentro do armário.

Cala-te! Se nos ouvem estamos mortos. - respondeu o outro irmão, enquanto afastava as roupas da cara...



Num mundo arruinado, onde os mais fortes ordenam e os mais fracos obedecem, onde a palavra esperança já não é conhecida, onde as casas eram constantemente assaltadas, as pessoas assassinadas e escravizadas. O rei Galthier liderava o reino da  família real de Castala. Recolhia altos impostos e matava quem não pagasse. Não havia ninguém que tivesse a coragem para rivalizar este tirano e impor ordem no mundo. Dois irmãos viviam neste local. E estavam agora dentro de um armário, com as esperanças que ninguém os encontrasse.

Temos de ir ajudar o mano.

Shiuu Jasmyne! O Robert mandou-nos ficar escondidos, em silêncio. - disse o irmão, porém o seu pensamento era outro, ele sabia que era arriscado ir ajudar o irmão. O mais provável era morrer e se isso acontecesse, Jasmyne ficaria sozinha.

Jasmyne era uma rapariga de 11 anos, corajosa e um pouco inconsciente, devido à sua idade. O seu irmão Faulkner era um rapaz de 16 anos, um pouco medricas ao contrário da irmã. Vivia quase sempre pelo seguro. E, apesar de não o demonstrar, preocupava-se bastante com Jasmyne.

Os guardas do reino arrombaram com a velha porta de madeira com um forte pontapé. Eram comandados pelo frio rei Galthier. Este, cobrava altos impostos. Preocupava-se pouco com o bem-estar do seu povo. E, graças à enorme herança do seu pai, tinha um poderoso e enorme exército.

Ouviu-se uma porta a bater. Provavelmente os guardas já se teria ido embora, com o dinheiro que queriam. Mas mesmo assim, Faulkner e a irmã esperaram uns difíceis 15 minutos.

Depois dos 15 minutos de silêncio completo, os irmãos saíram do armário. Jasmyne saiu com pressa enquanto chamava o seu irmão mais velho.

Maanoo!! Maano!!? - a rapariga começava a ficar preocupada. Procurava Robert por toda a casa, com desespero - MANO! - a rapariga começava a soluçar e a aperceber-se da realidade. - Eles... Eles levaram a Robert..

Faulkner estava ao lado da irmã e quando se apercebeu do tal facto, a sua expressão ficou pálida e assustada.

Não.. - soluçava o adolescente.


Depois de alguns minutos de choro e pânico. Jasmyne ganhou coragem.

Temos de ajudar o Robert. - disse com uma expressão séria.

Não sejas inconsciente. Somos só dois. Não temos hipóteses...

Então pedimos ajuda!

Quem é que nos ajudaria? Só se fosse por dinheiro... 'Pera... É isso. - Faulkner levantou-se e correu até ao quarto. A sua irmã estava confusa mas segui-o.

O que estás a fazer? - perguntou Jasmyne, já irritada.

O irmão ignorou. Tem de estar por aqui... - o jovem começou a apalpar a parede e de repente afastou-se e deu um potente pontapé na madeira. De lá, começaram a transbordar algumas moedas.

A irmã ficou realmente espantada. - E o que pensas fazer com esse dinheiro todo?

Vamos. - disse Faulkner, confiante na sua ideia, enquanto vestia um manto com capuz, guardava o dinheiro num pequeno saco, apertado por um cordel, e saía de casa, acompanhado pela irmã. Esta ainda estava bastante confusa.

A viagem terminou à porta de um bar intitulado "The Captain's Log" (thanks Drizzy). Faulkner abria a velha porta do estabelecimento enquanto esta rangia e as atenções de dentro do bar viraram-se todas para os dois jovens.

Era um bar com um aspecto péssimo. Cheirava a cerveja pura. Tinha um balcão grande onde estavam maior parte dos clientes e algumas mesas espalhadas. A clientela era unicamente constituída por homens altos e entroncados. Caçadores de Recompensas. Neste bar, nem a lei de Galthier mandava.

Todos olhavam para Faulkner e Jasmyne, num silêncio assustador. Um velho com uma barba branca a respingar cerveja, finalmente quebrou o silêncio com um ar rude e de desprezo.

O que fazem dois jovens neste bar?

Faulkner engoliu seco e finalmente respondeu à pergunta enquanto tirava o capuz, revelando a sua cara.

Precisamos de ajuda a resgatar o nosso irmão.

Maior parte dos mercenários riu-se bastante. Como se fosse uma piada. Até que um homem ergueu-se pelo meio da multidão, tirando o seu chapéu com o braço direito.

Talvez eu possa ajudar.




Capítulo 2 - Vash von Leonhart


Maior parte dos mercenários ficaram espantados, mas rapidamente calaram-se e voltaram às suas vidas, demonstrando que respeitavam o tal homem que se tinha voluntariado para ajudar Faulkner e a irmã. Estes foram ter com o caçador de recompensas. Os três sentaram-se numa mesa redonda, já com uma das pernas meia partida e com rachas na madeira.

Faulkner pôde finalmente observar bem o aspecto e a aparência do homem. Era novo. Por volta dos 25 anos. Tinha olhos azuis tapados por um longo cabelo castanho. Mas o que mais se destacava mais era uma longa cicatriz que percorria a cara. O homem vestia um manto simples e uma corrente de prata ao pescoço.

Nós não temos muito dinheiro... - começou Faulkner.

Falamos sobre o dinheiro depois, primeiro quero que me expliquem porque é que precisam de mim. - A voz do homem era grave e imponente. Parecia um autêntico Deus a falar.

Faulkner sentiu-se um pouco intimidado pela voz mas acabou por responder.

Os guardas do rei entraram em nossa casa. Nós pensávamos que tinham ido cobrar impostos apenas mas acabaram por levar o nosso irmão mais velho. Somos apenas dois e fracos. Precisávamos de ajuda.

O homem ouviu com atenção. Ponderou um pouco e finalmente respondeu.

Penso que posso ajudar. Com o cadrasto que já tenho isto já não faz diferença.

Faulkner sorriu enquanto tirava a pequena bolsa de moedas.

Não. Só aceito o dinheiro no fim do trabalho. Já agora, estou ansioso por voltar a enfrentar o canalha do rei e dos seus seguidores... Por falar no diabo.

O jovem voltou a arrumar o dinheiro enquanto olhava para trás, em direcção à entrada do bar. Esta estava preenchida por guardas reais que empunhavam longas espadas e lanças. Pareciam procurar alguém.

De quem é que eles estão à procura? - perguntou Faulkner enquanto voltava a virar-se para a frente.

O homem sorriu levemente enquanto voltava a demonstrar o quão forte a sua voz era.

De mim. Tenho a cabeça a prémio.

Faulkner agarrou numa faca que tinha no bolso com força. Se matasse o homem aqui e agora os guardas poderiam dar-lhe a recompensa e até libertar Robert.

Se querem que eu trabalhe para vocês obedeçam-me. Vamos sair pela porta das traseiras quando eu disser "Já".

O pensamento de matar o homem desapareceu da cabeça do jovem ao ouvir estas palavras.

Vamos Jasmyne.. Não tenhas medo.

JÁ!

O homem levantou-se de repente enquanto retirava um arco e uma flecha das costas com a sua mão direita.

(Ele.. Ele não tem um braço.)

O caçador de recompensas ergueu o arco numa posição horizontal enquanto encostava o fio do arco à boca, mordeu o fio com força e empurrou o arco para a frente. De repente, abriu a boca levemente e a flecha saiu disparada, acertando em cheio no meio dos olhos do líder dos guardas. Estes ficaram chocados. Mas não foram os únicos. Faulkner e Jasmyne estavam igualmente impressionados.

Despacham-se! Se ficarem ai parados vão acabar mortos!!

Faulkner pegou na irmã e foi a correr em direcção à saída das traseiras enquanto o homem continuava a disparar flechas. Ao abrirem a porta, Faulkner e Jasmyne confrontaram-se com outra sala. O armazém.

Vamos! - disse o homem enquanto aparecia por detrás de Jasmyne, passava-lhe à frente e fechava a porta.

Entrem por aqui! - disse ele, enquanto abria um alçapão do chão de madeira.

Os irmãos entraram rapidamente. O caçador de recompensas entrava também no alçapão e fechava-o à chave.

Aqui estamos seguros. Já agora como é que se chamam?

Eu sou o Faulkner e esta é a Jasmyne. E tu?

Vash. Vash von Leonhart.




Capítulo 3: Preparation

Vash verificou se o caminho já estava seguro, ao abrir o mínimo possível do alçapão. A segurança confirmava-se.

Vamos. O caminho já está seguro. Cubram a cara. - diz Vash, pondo um capucho com a sua mão direita, logo depois de arrumar o arco e as flechas.

Faulkner e Jasmyne fizeram o mesmo.

O primeiro passo é irmos para minha casa. Lá iremos discutir a minha missão e prepará-la. Prontos?

Os irmãos assentiram.

O caçador de recompensas abriu o alçapão rapidamente e ajudou os jovens a sair.


A viagem até a "casa" de Vash foi bastante demorada. Não podiam dar nas vistas por isso ir de cavalo era pouco inteligente. Mas não foi isso que fez com que o caminho fosse lento.

Faulkner e a irmã estavam com o coração bastante acelerado. Aquela mistura de adrenalina, medo e ansiedade era algo peculiar. Faulkner, principalmente sentia-se com medo. E não só. Tinha de estar sempre atento a Vash. Ele não era de confiança. Mas o que mais assombrava a mente do jovem era sem dúvida o momento em que Vash matou o soldado. Isso significava que agora Faulkner e Jasmyne eram cúmplices, logo, inimigos do governo. E ele já sabia o que esperava a quem desrespeitasse o Rei. A morte.


Finalmente chegaram. Os irmãos deram todos os detalhes que tinham e finalmente Vash chegou a uma conclusão.

Lamento dizer-vos mas já se sabe o que acontece a quem não paga os impostos. Morte pela forca.

Faulkner engoliu seco enquanto os olhos de Jasmyne começavam a humedecer.

Mas mesmo assim, acho que ainda é possível salvá-lo. Temos de ir até o centro da aldeia amanhã de manhã. É provável que o enforcamento seja feito ai. Vamos até lá e salvamos o vosso irmão. Seja como for, escolham as vossas armas. - disse Vash, pegando numa enorme caixa e abrindo-a perto dos irmãos.

A cara de Faulkner mudou de expressão.

Armas? Mas eu não sei lutar..

Não te preocupes. É para isso que estou aqui.




Capítulo 4: Training Session

Jasmyne, a irmã de Faulkner, não hesitou, começou a mexer abruptamente nas armas dentro da arca, que estavam colocadas com cuidado. Havia de tudo, arco e flecha, duas Katanas, algumas facas pequenas e Shurikens, entre outras armas, afiadas. Faulkner nem se mexeu, não sabia que arma escolher e nem sequer estava determinado a manejar qualquer tipo de armamento.

Tenho mesmo de lutar? - perguntou o jovem, inseguro.

Sim. - respondeu Vash, já um pouco farto de aturar o espírito cobarde de Faulkner. - Tens de perceber que é o teu irmão que vamos salvar! Eu não estou aqui por nada. Só estou a tentar ajudar uns miúdos que querem salvar o irmão e tu ainda reclamas?! Se queres lutar ou não, é problema teu. Já te disse, é pelo teu irmão que vamos fazer isto.

Faulkner engoliu seco, estava até um pouco assustado com o discurso de Vash desviou o olhar com pressa e pegou no arco e flecha, ainda com mão a tremer... Jasmyne também se assustou um pouco, mas mais do que isso, comoveu-se com o que ouvira. Agarrou na Katana que já tinha na mão e apertou o pulso. De seguida, afastou-se um pouco, procurando um local espaçoso para estrear a espada de origem oriental.

Aonde é que vamos treinar? - perguntou a rapariga, um pouco atrapalhada.

Sigam-me. - Vash pegou na enorme arca onde estavam guardadas as armas e caminhou até às escadas que seguiam para baixo.

Chegaram finalmente a um local espaçoso. Para além de espaço, tinha algumas armas dispersadas pelo chão. Este enorme quarto tinha tudo o necessário para um treino efectivo. Desde alvos para arcos e flechas, alguns equipamentos de luta e afins. Nada tinha uma aparência de novo, parecia que Vash não se limitava à Mestria do arco e flecha.

Faulkner entrou no local, perplexo, e um pouco assustado. A ideia de treinar não lhe agradava nem um pouco, mas sabia que era o que tinha de fazer, isto se queria mesmo salvar o irmão.

Jasmyne tirou a bainha da Katana que agarrava com segurança e dirigiu-se a uma espécie de espantalho de madeira, que simulava um inimigo. Vários cortes cobriam as supostas partes vitais do corpo de madeira. Jasmyne começou a manejar a espada e só aí apercebeu-se do seu peso e da dificuldade que era usá-la. Começou a tentar infligir dano no boneco de madeira, manejando a arma com pouco cuidado. Vash foi ajudá-la. Ajudou-a a posicionar-se de forma correcta e ensinou alguns movimentos ofensivos e defensivos.

O irmão, por sua vez, posicionava-se alguns metros à frente do alvo de arco e flecha, já com o centro esburacado. Faulkner ergueu o braço já com o arco esticado. Os braços do jovem estremeciam um pouco, enquanto o rapaz tentava concentrar-se, focando o alvo. Ao fim de alguns segundos, deixou o seu dedo escorregar pelo fio do arco e a flecha foi disparada instantaneamente. Contudo, para descontentamento de Faulkner, parecia que a flecha não tinha sido lançada com a força devida e ao longo de alguns metros começara a descer, acabando por embater na parede num local muito inferior ao alvo. Tinha sido um fracasso total.

Vash tentou ajudar Faulkner com algumas dicas básicas. "Tenta esticar o fio até à orelha.", "Sustém a respiração antes de disparar!", "Põe-te direito!". Sim, era verdade que depois de ouvir todos estes conselhos, as tentativas de Faulkner já não pareciam tão inúteis...

Isto prolongou-se até à noite, durante cerca de 4 horas.

O tempo é escasso e não convém passarmos a noite acordados para o dia que vamos ter amanhã. Aconselho-vos a irem dormir... - disse Vash, enquanto arrumava minimamente a sala.

Faulkner não disse uma palavra, arrumou o arco e flecha e foi-se deitar, parecia estar mais aliviado agora que tinha-se livrado da arma.

Até amanhã.. - disse Jasmyne, antes de fazer o mesmo que o irmão...


Vash passava a noite numa sala mais pequena. Parecia estar a estudar o local onde a execução seria feita. Tinha tudo planeado. Sabia da quantidade de guardas, do local, e do número provável de pessoas que iriam ser obrigadas a assistir.

(Assim não dá... Não há forma de resgatar o irmão deles discretamente e ainda não posso confiar neles por completo... Vou precisar de ajuda...)





Capítulo 5 - Vash's old friend


Faulkner acordou cedo. Mais cedo do que era esperado. Tinha tido bastante dificuldade em dormir e acordou poucas horas depois. Simplesmente não conseguia descansar em paz sabendo o que iria acontecer dentro de algum tempo... Permaneceu deitado, a pensar na sua vida e nas reviravoltas que dera em apenas 24 horas. Faulkner nem sequer confiava completamente em Vash, mas a única hipótese de salvar o seu irmão era confiar no desconhecido.

Só se levantou quando a sua irmã acordou. Vash já estava acordado à algum tempo e parecia ter estado a planear e preparar a missão de resgate a Robert.

Vejo que já acordaram. Estive a planear o que faremos e a preparar o armamento. Tomem. - disse, estendendo uma Katana com um aspecto bastante melhor que a que Jasmyne tinha utilizado no dia anterior. Ao lado da Katana estava um arco que também parecia bastante melhor que a do treino. Por cima do arco estava uma bolsa de 9 flechas afiadas. Os dois irmãos pegaram nas armas. - O plano é o seguinte: A execução dar-se-à no centro da cidade, obviamente para intimidar os restantes habitantes. Visto que a nossa cidade não é perto do centro do Reino, não devemos ter muita quantidade de soldados para enfrentar. Mas lembrem-se. A partir do momento em que se rebelarem contra o rei, irão ser perseguidos até à morte. Espero que estejam prontos para isso. Muito bem, voltando ao plano, iremos rodear a zona de execução, eu irei lidar com maior parte dos soldados. Consigo tratar deles com facilidade, sei como lutam e como são treinados... Enquanto isso, vocês irão juntos resgatar o vosso irmão, é possível que corra mal, mas já deviam saber disso. Concordam?

S-sim..

Concordamos.

Então vamos. Vistam um manto de forma a esconder as armas e venham. - dito isto, Vash pegou num manto acastanhado e gasto e vestiu-o, de seguida saiu de casa, seguido pelos dois jovens.

Chegaram ao local de execução tudo parecia estar pronto. Cerca de 100 pessoas rodeavam um total de 3 forcas, prontas para ser usadas. Guardas rodeavam o local, bastante quietos. Maior parte deles segurava numa lança média e apoiavam-na sobre o ombro direito. Outros seguravam espadas, apoiando-as no solo, ficando perpendiculares ao chão. Percorriam o local com o olhar, vigiando tudo com atenção. Faulkner engoliu seco ao ver a quantidade de guardas.

Fiquem aqui e sejam discretos, tenho de ir fazer uma coisa. - disse Vash, ao afastar-se do local.

Achas que ele nos vai abandonar aqui? - perguntou Faulkner à irmã. - Já desconfiava que ele não era de con... - contudo, a irmã interrompeu-o.

O que é que estás a dizer? Claro que ele volta... Nem percebo essa tua desconfiança.

Vash acabou por chegar, com um homem ao lado dele, bastante mais alto e entroncado. Vestia um manto tal como o Vash, contudo, tinha um capucho que cobria a sua face. Finalmente tirou-o, revelando a sua cara. Tinha um cabelo curto e castanho e uma enorme e feia cicatriz cobria o seu olho esquerdo. Faulkner conseguiu ver uma enorme espada agarrada às costas do homem.

Mudança de planos, aqui o Dante vai-nos ajudar no resgate.




Capítulo 6 – War Brothers


30 Novembro 1856 (6 anos antes)

Homens, chegou finalmente a hora. A hora de provarmos o valor e a força do Reino de Castala! As dificuldades vão ser muitas. Os inimigos vão estar em maior quantidade, mas nós... Cada um de nós vale por 10 deles!! A nossa força e determinação será suficiente para os derrotar!!! Agora, vamos! Pelas nossas famílias, amigos e principalmente pela nossa pátria, lutamos!!! – um homem alto e de barbas gritava em frente de um enorme exército. A sua poderosa voz chegava a todos os soldados sem quaisquer problemas. O discurso levantou os animos das guerreiros e mal acabou de proferir as palavras, uma enorme onda de cavalaria rompeu pelo campo de batalha, com a infantaria a seguir, a passos rápidos, que apesar do esforço, não conseguiram manter o ritmo dos cavalos.

Os cavalos galopavam sem demontrar medo ou hesitação. Eram de uma quantidade absurda, mas comparando com os inimigos, eram poucos...

O Reino de Castala travava guerra com o Império de Bhalkrar, comandado pelo temido imperador Bhalkrar, um homem conhecido pela sua enorme força equivalente à força de 10 homens, contudo, isso eram apenas lendas contadas para intimidar os guerreiros inimigos... A dinastia de Castala sempre quis o território do Império de Bhalkrar, contudo, nunca o demonstrou. Esta guerra iniciou-se por outro motivo. Desde sempre, o imperador Bhalkrar, cobiçava a filha do rei Gadot II de Castala, sendo assim, Bhalkrar raptou a bela filha do rei. Isto foi o factor decisivo. Ao saber que a sua filha tinha sido raptada, Gadot II enviou exércitos e exércitos de batalha contra o Império de Bhalkrar. A guerra já estava perto de acabar, ao fim de 12 anos de batalhas. A princesa Haya, que era por acaso a herdeira do trono, já tinha perecido deste mundo à 5 anos pelas mãos de Bhalkrar, contudo, a guerra continuava.

Vash Von Leonhart avançava a cavalo, agarrando nas rédeas com uma das mãos e numa espada normal com a outra, galopava na linha da frente, sem demonstrar nem um pouco de medo. No seu lado esquerdo estava Dante, que segurava numa enorme espada com as duas mãos, em cima de um cavalo negro. No lado direito de Vash estava Reddas, um homem um pouco mais velho  que Dante e que Vash, no entanto, era o que parecia mais novo. Segurava num arco e apontava na direcção dos inimigos, disparando o máximo de flechas possíveis. Tinha também uma pequena espada presa à cintura para combate de curta distância.

Dante, Reddas, o que quer que aconteça neste campo de batalha... Quer tenhamos de enfrentar a morte ou mais um dia de vida, quero que se lembrem da nossa amizade. – dizia Vash, com um  nó na garganta. Reddas, Dante e Vash conheciam-se desde que entraram no exército real. Eram todos do mesmo esquadrão e juntos subiram até chegarem à cavalaria. Eram agora dos Comandantes mais preciosos do Rei Gadot II.

A cavalaria finalmente chocou contra os soldados inimigos, um choque frontal fortíssimo, rompendo com as linhas da frente do inimigo. Apartir desse momento, o sangue banhava o campo e a morte marcava presença. Era no mínimo perturbante. Não só aquele cenário de morte e destruição mas principalmente o pensamento dos soldados. Todos sabiam que se não matassem morriam. Era a única lei da guerra. Vash, no seu cavalo preto, abria caminho sobre o exército adversário, desferindo golpes mortais com a sua espada. Dante fazia o mesmo, com alguma facilidade aparente, no entanto era psicológicamente difícil saber que poderiam morrer a qualquer momento. Felizmente, Vash e Dante estavam dispostos a morrer. Reddas combatia o exército inimigo quando de repente, é abordado por um grupo de soldados que abatem-lhe o cavalo, fazendo com que ele caia deste.

Reddas!! – Vash não perdeu tempo, a um ou dois metros do amigo, ergueu o seu braço, agarrando a sua espada e atirou-a com fé. A espada trespassou um dos inimigos que rodeava Reddas. De seguida, Vash pôs-se em pé no seu cavalo e saltou para o local. Ao aterrar, deu um soco num dos inimigos, retirou-lhe a espada e usou-a para combater os inimigos. Dante chegou pouco depois. Reddas estava ferido, tinha caído mal do cavalo e parecia ter partido uma das pernas, para além disso, tinha vários cortes de espadas no seu corpo, mas a ferida que mais se destacava era uma na barriga. Parecia que tinha sido perfurada por uma espada. Vash e Dante eram cada vez mais rodeados pelas tropas adversárias... O resto do exército de Castala começava a perder força sobre a quantidade de oponentes...

Deixem-me.. Eu já estou perdido. Um soldado que nem se consegue aguentar em pé não serve de nada... – dizia Reddas, esforçando-se para falar.

Cala-te!! Para o rei podes ser um simples soldado, mas para nós és mais do que isso! És um irmão!! Agora cala-te e preocupa-te em manter-te vivo!  -  Vash matava soldados inimigos, sem perder a esperança de salvar o amigo.

Desculpem.... Dante.. Vash.. – os olhos do fiél amigo fecharam-se para não voltarem a ver a luz do dia. A respiração parou e o corpo permaneceu-se imóvel. Deitado sobre o campo de batalha.

Lágrimas correram o rosto de Vash e este rangia os dentes, chorando a morte do amigo.. NÃÃOO!! – a sua fúria não se contia e era descarregada nos oponentes.. Dante por sua vez, tinha um nó na garganta. Não proferia uma palavra.

Já se podem render.. Ahah.. A guerra perdida e vocês a defenderem um cadáver.. Ahahah. – dizia um soldado inimigo que parecia possuir bastante experiência. O corpo e cara dele eram familiares. Era obviamente o imperador Bhalkrar. As palavras dirigiam-se a Dante e Vash.

CALA-TE!!. – grita Vash, saltando sobre o inimigo, contudo, foi rapidamente abordado por cerca de 4 soldados que o imobilizaram.

Eu mato-te!! Eu juro pelo Reddas que te vou matar!! – Vash tentava-se soltar, sem sucesso. Ameaçava o imperador com toda a sua raiva.

Levem-nos. Mas não os matem.

Vários soldados agarraram Dante e puseram-lhe inconsciente com um único golpe. O mesmo decorreu-se com Vash...



O-Onde é que estou...?

População do Império de Bhalkrar!! Para comemorar a enorme vitória contra o Reino de Castala, apresentamos-vos 2 dos Comandantes do Rei Gadot!! Vash von Leonhart e Dante Rogos! Agora... Que comecem os jogos!! – as palavras ecoavam por todo o lado e mal estas acabaram uma grande multidão aplaudiu e girtou com entusiasmo.

O quê?




Capítulo 7 - Welcome to the Arena

Vash erguia-se com cansaço. Olhava a sua volta estupefacto. Os seus olhos não conseguiam acreditar no que via. À sua volta encontrava-se um círculo monumental e imponente. Algo como um estádio. Pessoas situadas nas bancadas gritavam com entusiasmo e euforia, enquanto Dante e Vash permaneciam em pé num solo arenoso. Era uma enorme arena.

O que é que é suposto fazermos...? – perguntou Vash a Dante, contudo, não houve tempo para resposta. Duas pequenas espadas eram atiradas com desprezo para perto de amigos, pouco depois disso, uma das celas que rodeava o local arenoso começa a ser aberta...

População do Império de Bhalkrar!! Depois de anos de experiência e de pesquisa, finalmente conseguimos criar Hybrids artificiais! Sem mais demoras, apresento-vos os..... Yvolfs!! – a multidão ficou ao rubro.

Hybrids?

Sim. É normal nunca teres ouvido falar, visto que estão em pouca quantidade perto do Reino de Castala. Bem, resumindo os Hybrids são animais modificados naturalmente por vestígios da Pedra Filosofal. – afirmou Dante.

Então as lendas sobre a Pedra Filosofal são verdadeiras.

Nem todas.. Mas acho que agora deviamos estar mais preocupados com outra coisa. – ao dizer isto, as portas das celas iam-se levantando, não se conseguia ver muito do que se passava para além da cela. Apenas algumas silhuetas disformes.

Tens razão. – disse Vash, pegando nas duas espadas, dando uma a  Dante e ficando com outra. As armas estavam num estado miserável. Seria surpreendente se ainda conseguissem cortar algo. - Dante... Vamos fazer-lhes arrepender terem-nos dado uma arma. – dito isto, cerca de 30 Hybrids são soltos ao mesmo tempo, rodeando os habitantes de Castala. Estes Hybrids pareciam ter origem em lobos. Eram um pouco mais compridos e sem dúvida mais rápidos. Era difícil de analisar a aparência daquelas criaturas, mas era algo como um lobo maior, com dois pequenos chifres no focinho.

Os Yvolfs aproximavam-se a uma velocidade enorme. Dante e Vash dificilmente escondiam os nervos. Uma das criaturas saltou sobre Vash mas este bloqueou-lhe a boca com a espada, cortando a garganta do animal. Depois disso, Vash retirou a sua espada e continuou a tentar bloquear os ataques furtivos dos “lobos”. A certa altura, as presas de um dos Yvolfs abocanhou a perna de Vash.

AHHHHHHHHH!! – gritou de dor, contudo, esta foi um pouco aliviada, visto que Dante tirou a vida ao Hybrid que mordia Vash..

Eles são demasiados. – dizia Vash, a coxear enquanto suportava as dores da sua perna, completamente banhada em sangue.

Ao fim de algum tempo, o último Yvolf caiu. Vash apoiava-se sobre um joelho, respirando com rapidez... Dante por sua vez, agarra-se ao seu braço direito. Este, com as marcas dos dentes de um dos lobos.

Muito bem. Parece que sobreviveram. Mas mesmo assim, não vão durar muito. – dizia o imperador Ghalkrar, numa bancada privilegiada. - Soltem o Trunkrock. – dito isto, um barulho enorme ecoou sobre a arena. Vinha de uma das celas maiores. Esta começou a ser erguida, possibilitando a observação de uma forma que se ia tornando cada vez mais nítida.
Num instante, o Trunkrock começou a correr, exibindo o seu físico. Possuía duas pernas enormes, comparáveias a pernas de um elefante grande. Mas o que se destacava era a sua enorme cabeça. Era uma cabeça de crocodilo. Sem dúvida uma combinação mortífera. O Hybrid corre na direcção dos dois guerreiros. Estes, separaram-se, desviando-se e infligindo um horizontal em cada uma das pernas. Contudo, a besta reagiu rapidamente, chutando Vash com uma das suas pernas, de seguida, ergueu a perna mais próxima de Vash e preparou-se para esmaga-lo com a sua pata.

NÃOO! – Dante projectou-se na direcção de Vash.

Dante. – Quando a besta estava prestes a pisotear Vash, Dante bloqueou a sua pata, protegendo o amigo e aguentando o todo o peso do monstro no seu próprio corpo. A força de Dante era bem maior do que Vash pensava, para conseguir suportar todo aquele peso.

O que é que estás a fazer? Sai dai antes que eu morra!! – gritou Dante irritado. E Vash obedeceu, deslocou-se para trás, contudo, era tarde demais. Dante sucumbiu às forças do animal e foi esmagado quase completamente.

Vash não acreditava no que via. Tinha fracassado por completo. Poderia ter ajudado Dante a suportar o peso mas tinha recuado como um medricas. Olhou para a espada que Dante tinha deixado e agarrou-a, determinado a salvar Dante. Mirava o Trunkrock que se encontrava agora de costas para Vash e com a sua perna em cima de Dante. Vash começou a correr na direcção do Hybrid. No último momento saltou a uma altura anormal, aterrando sobre a cabeça do Trunkrock, espetou a sua espada no crânio da besta e voltou a saltar. Desta vez dirigia-se à bancada onde se situava o imperador.

O salto foi perfeito. Vash aterrou sobre o Imperador atirando e encostando-o ao chão, com a lâmina da sua espada a tocar no pescoço do imperador, este, completamente chocado.

Nem se atrevam a mexer-se, ou irão assistir à morte do vosso Imperador. – ameaçou Vash. A ameaça surtiu efeito, visto que os guardas recuaram um pouco.

Agora é entre nós Bhalkrar... – o tom de voz de Vash diminui o volume. - E isto é por todos os habitantes de Castala que sofreram por tua causa! Isto é por teres morto Haya!! E mais do que tudo pelo... – contudo, as palavras do guerreiro foram interrompidas.

Haya? E-Eu não matei nenhuma Haya.

O quê?! – o corpo de Vash parou. Não acreditava no que ouvia. Bhalkrar poderia estar a mentir mas não era próprio dele. As pupilas dos olhos de Vash aumentavam. A verdade parecia revelar-se na mente de Vash.

Então não foste tu que raptaste a princesa Haya? – gritou Vash, irritado.

N-Não! – respondia Bhalkrar.

Tudo se encaixava agora. A Pedra Filosofal no Império de Bhalkrar e agora a negação do assassínio e rapto de Haya por parte do Imperador. Vash nunca tinha pensado muito na situação, mas agora que pensava seria impossível raptar a princesa com a quantidade e a qualidade dos guardas reais de Castala.

Não.... Não pode ser...



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Official Databook:


Personagens Principais

Faulkner:
Spoiler:

Jasmyne:
Spoiler:

Vash von Leonhart:
Spoiler:


Personagens Secundárias:

Dante Rogos:
Spoiler:

Vilões:



Hybrids:

Yvolfs:
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Trunkrocks:
Spoiler:


Armamento:



Mundo:
Reino de Castala:

Spoiler:

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