A floresta de Mokuzon sempre fora um dos locais mais calmos do planeta. Isto talvez porque era um dos poucos locais que não sofrera a influência negativa do ser humano Um silêncio eterno apodera-se do local, sendo ocasionalmente interrompido pelo belo chilrear das aves nativas ao local.
Um passo em falso quebra um ramo no solo, simultaneamente quebrando o tesouro que é o silêncio desta floresta. Arthur nota logo de imediato, mas não muda a sua trajetória. Continua a caminhar como normal, sempre olhando em frente. O aristocrata tinha a perfeita noção que estava a ser perseguido.
Aproxima-se de uma curva no caminho de pedra, com uma enorme árvore com perto de dois metros de largura como vizinha. Ansioso, Arthur pensa em acelerar o passo, podia-se ver um sorriso na sua expressão. Todavia, saberia que isto iria alertar o potencial inimigo, por isso acalma-se e resume o ritmo normal. Aproximando-se da árvore, secretamente esconde-se por trás desta. O ângulo era tal que era impossível para o ser perseguidor notar e ainda por cima, a árvore estava rodeada de uma alta vegetação.
Espera por uns bons dois minutos sempre atento, sem mover qualquer músculo a não ser para respirar. Finalmente, ouve os passos do inimigo a sair do meio da floresta para o caminho de pedra, olhando em seu redor. Parecia estar confuso, sabia que tinha perdido o seu alvo. Arthur continua em espera. O inimigo aproxima-se e, subitamente, o nobre espeta-lhe com um potente soco na face, atirando-o diretamente para o chão. O inimigo mal se apercebe da situação tenta retirar uma faca do bolso, mas esta é pontapeada para longe por Arthur que se encontrava em superioridade.
O nobre baixa-se, posicionando o seu pé por cima do joelho do adversário e agarra-o pelo pescoço, encostando-o a uma árvore, começando a esganá-lo com alguma força - Vou-te perguntar apenas uma vez: trabalhas para quem? - Passam-se alguns segundos, o perseguidor recusa-se a responder. Arthur, não desviando o olhar, faz força no pé e começa a quebrar o osso do adversário.
AHHHH! - Grita com dores. Era óbvio, o seu joelho esquerdo acabara de ser partido. Sigmund continua com o mesmo olhar sério de antes, sem abrir a boca. Com a mão livre, pega no braço direito do adversário e, esticando-o, encosta-o à árvore, começando a empurra-lo - AAAAAAHHHHHHHHHHH! P-PÁRA, EU DIGO! - Arthur travou-se a tempo, antes que a situação ficasse demasiado sangrenta.
... G-Gaikotsu. - Respondeu relutante.
Hm? O que é que ele quer de mim? - O adversário desvia o olhar, recusando-se a responder. Parecia que o que este tal Gaikotsu lhe poderia fazer seria muitas vezes pior a tudo que ele poderia imaginar o Arthur conseguir fazer - Enfim, não é que necessite de saber.
Não penses que só por entrares em Hokubei estás safo.
Oh? E porquê? - Arthur começa a sorrir, ficando intrigado com a resposta - Não terá ele que lidar com as autoridades o momento que ponha pé dentro de Hokubei? Certamente que não deverei ser assim tão importante para se por assim em tanto risco.
Ahahahahaha! Ele não se estará a pôr em risco nenhum. Já tem homens no interior. Tem em todo o lado. Quando eu regressar e lhe disser onde estás, já foste.
Oh, a sério? - O seu sorriso intensifica-se, ficando algo pouco semelhante a um sorriso humano, tal distorção incita medo no adversário, paralizando-o. Os olhos de cada arregalam-se mais, por motivos diferentes. Arthur liberta o braço que estava a tentar partir anteriormente e estende-o para o lado, pegando na faca que pontapeara anteriormente, lambendo a faca com a língua de forma aterrorizadora e de seguida aproximando-a da boca do adversário - Então seria bom para mim se não lhe pudesses dizer nada... certo?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH-