Os dois, no entanto, não tinham reparado que estavam na parte pior da cidade de Dublith. Estavam dentro do café há uns bons vinte minutos. Conversavam sobre assuntos banais mas também sobre o sucedido. Sano revelara que nunca lutou contra os rapazes que o atormentavam. O motivo ele não revelou. Eis que um grupo de pessoas entrou no café. Estavam com roupas rasgadas e sujas, e os corpos deles estavam cheios de cicatrizes. Um deles, o que parecia ser o líder do grupo, não tinha um braço. No lugar do braço direito, tinha um automail.
Olha o que temos aqui... parece que vocês não sabem em que parte da cidade é que estão, ahahahah. Este é o nosso território, se quiserem sair daqui vivos, então é bom que paguem.
... Quanto?
100.000 Z é suficiente, um por cada um claro.
Eu pago a quantia do rapaz, a culpa é minha de ele estar aqui. - Erik retira o dinheiro da carteira e dá ao arrogante bandido de rua. Este conta o dinheiro e depois mete-o no bolso após verificar que a quantia estava correta.
Ahahahaha! Rapazes, sabem o que fazer.
Sim, chefe Ray. - Mal disseram isto, o chefe virou costas e saiu do café, enquanto o restante grupo de assaltantes aproximaram-se do alquimista e começaram a atingir-lhe na cara e no corpo com fortes pontapés e socos. Não demorou muito até este ser derrubado. Após um minuto, terminaram e saíram do café. Erik ainda estava consciente, mas sangrava bastante. Não era nada de grave, no entanto, já tinha aguentado bastante pior. Levantou-se sem grandes dificuldades e voltou ao balcão. O rapaz era cego mas percebeu exactamente o que se tinha passado. O silêncio tinha-se instalado no café durante alguns segundos, até o miúdo finalmente se pronunciar:
P-Porquê é que fizeste isso?!
... Tu lembras-me de uma pessoa que eu conhecia, quando era mais novo. - Obviamente referia-se a si próprio - Eu não ia deixar pagar por uma coisa que não tinhas culpa.
Não é isso... porque é que não lutaste contra eles?!
... Porque é que tu não lutaste contra os outros miúdos?... - O rapaz não respondeu. Passado alguns segundos, saiu do café e seguiu o seu caminho. Erik, no entanto, permaneceu no café durante mais cerca de vinte minutos.
... Pergunto-me onde ele foi... - Erik usa o Radar Pulse para sentir as fontes eléctricas na sua zona. Após algumas tentativas, consegue localizar o rapaz - Não pode ser...! - Começou a correr em direção ao local onde Sano se encontrava.