Ah, a propósito, Erik, tens algum tipo de alquimia próprio?
Como assim?
Por exemplo, criar bombas, ou como eu... criar chamas. - Disse, criando uma chama entre os seus dedos.
Não, não tenho nada assim.
Podes tentar criar uma. Algo que te identifiques.
Erik já tinha algo em mente. Juntou as mãos e concentrou energia nelas. Pequenas faíscas começaram a surgir. Ao largar as mãos, um raio de eletricidade formou-se. Parece que a alquimia era parecida com a do irmão, só que em vez de poder transmutar fogo, conseguia transmutar eletricidade.
Wow, logo à primeira tentativa. Como é que conseguiste?
Já tenho experiência com eletricidade.
Bem, vamos passar ao treino! Vou-te ajudar a poderes controlar essa tua eletricidade da melhor maneira possível.
Os dois dirigiram-se para o centro da ilha. Encontraram uma grande cascata.
Mete-te ali no meio. Para poderes controlar a tua eletricidade da melhor maneira, tens que ter a certeza que não a conseguem usar contra ti. - Erik fez o que Max sugeriu. Retirou o seu casaco vermelho e a sua camisola negra e posicionou-se no meio da cascata. A água caía-lhe na cabeça e nos ombros. Estava gelada, mas Erik não parecia notar o frio.
Anda, o que queres que eu faça?
Cria eletricidade. A água vai aumentar o poder dos teus raios, mas ao mesmo tempo estes vão-se dispersar pela água toda e atingir-te. Quando conseguires levar com os teus raios sem ficares magoado, é porque já estás pronto.
Erik juntou as mãos à frente do seu peito. Concentrou o seu poder espiritual nas suas mãos e pequenas faíscas começaram a surgir. Ao retirar as mãos daquela posição, Erik perdeu controlo sobre a eletricidade que acabara de produzir e os raios começaram a fritar o alquimista. Este, como não sentia dor, começou a gerar eletricidade, cada vez mais do que a vez anterior. Não demorou muito até os seus braços pararem de funcionar.
Tão cedo? Anda lá, nunca vais poder ficar mais forte se não consegues sequer resistir os teus próprios ataques.
Pouco tempo depois, Erik continuava o seu treino. Quando os seus braços voltaram a funcionar, o alquimista louro produziu a sua eletricidade azul uma vez mais. Novamente, não demorou até se espalhar pela água da cascata e atingir o alquimia em cheio na cabeça e nos ombros. Após contínuos choques, o corpo de Erik estava completamente queimado. Já estava a soltar fumo, por causa do seu corpo quente estar a entrar em contacto com a água fria. Talvez isto também fosse uma parte do treino de Max. Passado meia hora de contínuos choques, o corpo de Erik voltou a parar de funcionar, desta vez não foram apenas os braços. As pernas também cederam e o alquimista caiu no fundo do lago formado pela cascata.
Ainda consciente, Erik não conseguia mexer o corpo. Parecia que Max não o vinha salvar. Ou provavelmente tinha adormecido, ou isto fazia parte do treino. Não conseguia controlar o corpo, mas ainda conseguia controlar energia. Concentrou a energia que tinha nas mãos, pequenas faíscas elétricas formaram-se que se espalharam imediatamente pelo lago inteiro, eletrocutando Erik. Nada aconteceu. Tentou outra vez... e outra vez, e outra vez. Até que os raios elétricos conseguiram, por alguma razão, fazer com que o corpo de Erik voltasse a funcionar na perfeição.
Saiu da água e foi para terra. Max estava a observar tudo, parecia que era mesmo parte do treino. Ou então Max queria que Erik se safasse sozinho. De qualquer maneira, estava tudo bem.
Descansa. O sol está-se a pôr. Amanhã de manhã tentamos outra vez. - Os dois irmãos dormiram lá no meio da selva. No dia seguinte, Erik voltou a treinar o mesmo. Retirou o casaco e a camisola outra vez e pôs-se no meio da catarata. Juntou as mãos e produziu eletricidade. E lá ficou ele, a ser eletrificado pelos seus próprios ataques. Erik já tinha uma certa imunidade a eletricidade, desde os seus tempos como criança, mas a água, sendo condutora de electricidade, aumentava a voltagem dos seus raios. Ficaram lá durante umas boas horas e o corpo de Erik ainda não cessara de funcionar. Parecia que após tanto esforço no dia anterior, os músculos do alquimista precisariam de um bom descanso. Max mandou parar o treino, parecia que Erik estava pronto.
Perfeito, passemos à próxima fase. Tenta agora usar os teus novos ataques elétricos em mim.
Um combate então?
Exatamente. Se me conseguires meter no chão, ganhas. - Os punhos de Max foram logo envolvidos por fogo, enquanto este se metia numa posição defensiva. Erik punha-se numa posição de ataque. Sabia que iria ter cuidado com o fogo do irmão. Max era melhor que Erik em todas as categorias que o alquimista podia pensar. No entanto, não ia desistir agora. Erik começa a correr. Desaparece da vista do irmão, aparecendo-lhe por trás. Porém, este já tinha reparado na tática do irmão e virou-se, travando o próximo ataque que Erik podia ter em mente, com um soco na cara. Este é enviado para trás.
O alquimista não desistiu. Continuou a atacar. Começou a correr à volta de Max, deixando várias imagens por trás de si. Max não se moveu. Limitou-se a olhar para cima e desviou-se do Suppa Ken do irmão, contra-atacando com um projétil de fogo, lançado da sua mão direita.
O combate durou mais algumas horas. Erik não conseguia deitar o irmão abaixo. Já estava num estado lastimável. Tinha o tronco e a cara bastante queimada, estava a sangrar e suava intensamente. Mas o seu corpo ainda não tinha parado de funcionar nem uma vez. Max tinha apenas algumas feridas, com pouco sangue a escorrer-lhe pelo corpo. Mas o seu irmão alquimista já tinha criado uma estratégia. Erik ficou quieto.
Então? Já desististe? - Dito isto, Erik desapareceu e voltou a reaparecer por detrás do irmão - Muito lento, já sei onde... estás? - Olhou para trás, mas Erik não estava lá. Voltou a olhar para a frente e lá estava ele novamente - (Impossível... estarei a imaginar coisas? Ou será que ele desapareceu duas vezes sem eu reparar na segunda? - o irmão de Max começou a correr à volta do próprio - Este truque outra vez? Desta vez vens por onde? Pelo lado direito! - Olhou para lá, no entanto, apenas viu uma bala a vir na sua direção. Teve tempo apenas para a bloquear com o seu automail. Quando olhou para o sítio de onde veio a bala, não estava lá ninguém. Quando deu por si, foi atingido por um relâmpago nas suas costas. Mas, o Lightning Palm de Erik não fora suficiente para deitar Max ao chão - Foi boa a estratégia irmãozinho, mas parece que não funcionou.
Erik recuou, sem dizer nada. Estava já a formular a próxima tática. Bateu uma palma, gerando eletricidade nas suas mãos e começa a aproximar-se de Max: Esse truque outra vez? Esquece! Não me vais conseguir atingir quando eu já sei como funciona! - Max não se desviou, limitou-se a atingir o irmão com vários socos envolvidos por fogo. Apesar do loiro se conseguir desviar de alguns, era atingido por muitos. Mas não desistia. Desviou-se de outro soco e reparou numa abertura. Avançou e tentou atacar o irmão. Max reparou nisto há última da hora, por isso apenas teve tempo para saltar para trás e se desviar - (Uff... essa foi por pouco.) - Mas atingir o irmão de perto nunca foi a intenção de Erik. O alquimista disparou um raio de energia, um Narukami, na direção do padre. No ar, ele não podia-se desviar, nem tinha tempo de desaparecer com o Supersonic Speed. Levou com a técnica em cheio no peito, sendo então mandado a voar para trás, parando apenas quando atingiu uma árvore.
Erik aproximou-se do irmão, que estava no chão deitado. Esticou a mão e ofereceu ajuda para se levantar: Então, passei? - Max limitou-se a rir e levantou-se.
Não fiques muito convencido, Erik. Isto foi apenas sorte, é isso, ahahha! Mas pronto, vamos lá enfrentar o tal Black Hawk.